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  • Foto do escritorCentro Médico Ipiranga

Escoliose: do diagnóstico ao tratamento

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), junho é o mês da conscientização da escoliose, onde instituições em todo o mundo trabalham a temática “Junho Verde”. Embora estejamos no final do mês, este é sempre um tema importante, não importando a época. Então vamos falar sobre o assunto?

O QUE É?


Escoliose é uma curvatura anormal da coluna para um dos lados do tronco, determinada pela rotação das vértebras. A deformidade pode ser vista olhando a pessoa de costas. A condição não decorre de maus hábitos posturais. Ao contrário, é a curva da coluna própria da escoliose que, em muitas situações, é responsável pela má postura, já que esse tipo de desvio pode provocar alterações no corpo todo.


Basicamente, a escoliose pode ser classificada em estrutural ou funcional (não estrutural). Nas estruturais, a deformidade óssea está correlacionada com um problema congênito ou adquirido, que afeta diretamente determinado segmento da coluna e, na maioria dos casos, é irreversível. Nas funcionais, a estrutura óssea permanece preservada. As curvaturas surgem como manifestação secundária para compensar os desajustes causados por um distúrbio em outra parte do corpo, como o crescimento assimétrico das pernas, por exemplo. Em geral, as curvas funcionais são flexíveis e podem ser corrigidas com tratamento.


Possivelmente de caráter genético e hereditário, a escoliose pode surgir em qualquer fase da vida. A idade é considerada um dos fatores de risco para a doença, em virtude do desgaste natural dos ossos, dos discos intervertebrais e dos ligamentos que pode advir com o envelhecimento. O mais comum, entretanto, é o aparecimento da escoliose estar associado ao surto de crescimento que se instala no final da puberdade e se intensifica na adolescência. Nesse período, a progressão da anomalia é mais rápida e além do desvio lateral do eixo da coluna, a escoliose pode deixar no corpo do portador alguns sinais típicos da doença. São eles: ombros e quadris assimétricos e desnivelados (um lado é mais proeminente do que o outro), tamanho desigual dos membros inferiores (uma perna mais comprida do que a outra), cintura e caixa torácica desviadas para um dos lados do corpo, mamilos assimétricos (um mais alto do que o outro), costelas e escápulas salientes num dos lados do tórax.



Sinais da Escoliose:

  • Diferença de altura entre um ombro e outro;

  • Uma escápula mais alta ou saliente que a outra;

  • Ao ficar com os braços soltos ao lado do corpo, é possível que o espaço entre um braço e o tronco seja maior de um lado do que do outro;

  • Diferença de altura entre um lado e outro na região do quadril;

  • A cabeça pode não permanecer exatamente centrada sobre a pelve;

  • Durante a avaliação, quando o paciente se inclina para frente com os braços soltos, mantendo a coluna em plano horizontal, um dos lados pode estar mais saliente que o outro.



Casos mais vistos (80%) são os de escoliose idiopática (que não tem causa determinada), sendo mais comuns nas meninas.


Quando ocorre a detecção na fase entre 0 a 3 anos de idade, é chamada de infantil; na fase de 4 a 10 anos, de juvenil; na fase de 11 a 18 anos, de adolescente. Para adultos e idosos, quando ocorre, é denominada de escoliose de novo, pois tem mecanismos diferentes para seu aparecimento.

COMO DETECTAR?


O reconhecimento é feito através de exames clínicos específicos, um deles e o teste de Adams, flexão do tronco a frente e uso do escoliômetro, que é um aparelho de nivelamento, onde no marco zero está nivelado e inclinação maior que 7 graus, tanto na parte torácica, quanto lombar, já deve ser direcionado para exame radiográfico.


Para que os pais e professores possam ajudar na detecção, observar a diferença na altura de ombros, no desnivelamento do quadril, assim como no aumento da gibosidade (corcunda) quando a criança inclina o tronco à frente. Em alguns casos também se observa através do espaço entre os braços e a cintura, com individuo de pé.

COMO TRATAR?


O tratamento varia de acordo com a gravidade da curvatura, (detectada no RX através do ângulo de Cobb), idade do paciente e estágio de maturação óssea (fase do crescimento).


  • 0 a 10 graus de curvatura: ainda não se considera como escoliose, não é necessário tratamento específico para escoliose, levando em consideração que a criança está em crescimento.


  • 10 a 25 graus de curvatura: fisioterapia com exercícios específicos seguindo evidências científicas de escolas internacionais que estudam exclusivamente a escoliose (SEAS, SCHROTH).


  • 25 a 45 graus: continuando as orientações anteriores sendo a fisioterapia ESSENCIAL e o uso de colete ortopédico.


  • Mais de 45/50 graus: já é considerada a possibilidade cirúrgica de acordo com cada condição do paciente.


É EXTREMAMENTE IMPORTANTE CONSULTAR O MÉDICO E O FISIOTERAPEUTA EM QUALQUER OBSERVAÇÃO DE MUDANÇA POSTURAL NA CRIANÇA E/OU ADOLESCENTE.

Tem dúvidas sobre o assunto? Clique aqui e agende uma consulta presencial ou online com os nossos especialistas.


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